Relacionamentos Kármicos
Jorge Salum

Jorge Salum

06/01/2018

06/01/2018

relacionamentos karmicos

Relacionamentos kármicos são aqueles relacionamentos que tendem a causar mais stress na nossa vida, são os relacionamentos mais difíceis e conflituosos, geralmente entre pais e filhos, irmãos, cônjuges, familiares, amigos, entre outros

As pessoas envolvidas num relacionamento kármico já se prejudicaram e se machucaram muito em encarnações anteriores e na atual estão tentando buscar o equilíbrio e a harmonia entre si. Porém, as cicatrizes deixadas pelas encarnações anteriores se expressam na personalidade atual através de sentimentos, conscientes ou inconscientes, de culpa, mágoa, medo, ressentimento, revolta ou outro que dificulta o melhor desenvolvimento destes relacionamentos, a satisfação e o bem-estar na relação.

Estes relacionamentos são geralmente extremamente desgastantes carregados de tristeza, de frustrações, vazios, angústias, ansiedades, desentendimentos, brigas, ressentimentos, afastamentos, mágoas, raivas, insatisfações entre outros sentimentos que impedem a relação entre as pessoas seja fácil, alegre e satisfatória.

Os Dramas de Vitima e de Responsável

Nos relacionamentos kármicos se manifestam com muita frequência dois tipos dramas bem específicos: o Drama de Vítima e o Drama de Responsável.

O Drama de Responsável

Quando estamos experimentando o drama de responsável no nosso inconsciente existem sentimentos de culpa e tristeza com relação a outra pessoa, algumas vezes raiva com relação a nós mesmos e acreditamos que de alguma maneira nós somos responsáveis pela felicidade do outro, que nós estamos devendo algo a ele, e consequentemente no nosso relacionamento:

– culpamo-nos pela infelicidade, pelos erros, fracassos, problemas, dificuldades, desconfortos do outro;

– acreditamos que sempre somos inadequados e que de alguma maneira estamos incomodando e prejudicando o outro;

– sentimos muita pena do outro e acreditamos que ele é infeliz por nossa causa e que nós não estamos fazendo tudo que deveríamos fazer por ele;

– nutrimos um sentimento permanente de insatisfação e descontentamento com nós mesmos;

– fazemos o possível para satisfazer todas as expectativas do outro e evitar que ele passe por qualquer tipo de desconforto ou de frustração.

– temos facilidade para nos colocar no lugar do outro, compreendê-lo, apoia-lo, ajuda-lo e nos doarmos a ele.

– não tomamos consciência, não damos importância, nem valorizamos todas as coisas materiais, apoio, ajuda e contribuições que oferecemos ao outro;

– tendemos a acreditar que somos egoístas;

– não percebemos o quanto nos desrespeitamos e nos prejudicamos para possibilitar o bem-estar do outro e satisfazer todas as suas expectativas;

– não percebemos o quanto somos magoamos, desconsiderados e desrespeitamos pelo outro;

– não conseguimos nos sentir em paz se o outro não estiver bem, o nosso bem-estar depende do bem-estar dele.

– estamos constantemente tomando atitudes com o objetivo de melhorar o nosso relacionamento com o outro;

Ou seja, sempre nos responsabilizamos pela felicidade do outro e acreditamos que somos nós que temos sempre que mudar a nossa atitude para melhorar o relacionamento.

O Drama de Vítima.

Quando estamos experimentando o drama de vítima, no nosso consciente ou inconsciente, existem sentimentos de mágoa e ressentimento com relação ao outro e acreditamos que de alguma maneira ele é responsável pela nossa infelicidade, que ele deve algo para nós, está em débito conosco e, consequentemente, no nosso relacionamento:

– culpamos o outro pela nossa infelicidade, pelos nossos erros, fracassos, problemas, dificuldades, limitações e desconfortos;

– acreditamos que o outro sempre está querendo nos prejudicar;

– sentimos muita pena de nós mesmos e acreditamos que somos infelizes pelo outro não estar fazendo tudo que acreditamos que ele deveria fazer por nós;

– nutrimos um sentimento permanente de insatisfação e descontentamento com relação ao outro;

– nos frustramos facilmente quando o outro não atende algum tipo de expectativa nossa.

– tendemos a reclamar do outro para as outras pessoas;

– acreditamos que o outro é egoísta e não temos facilidade para nos colocar no lugar dele, compreendê-lo, apoia-lo, ajuda-lo ou nos doarmos a ele;

– não damos importância, nem valorizamos todas as coisas materiais, apoio, ajuda e contribuições que recebemos do outro;

– não reconhecemos o quanto magoamos, desconsideramos e desrespeitamos o outro;

 -não fazemos muito esforço nem tomamos alguma atitude para melhorar o relacionamento com o outro;

Ou seja, responsabilizamos o outro pela nossa felicidade e não acreditamos que nós tenhamos que mudar alguma atitude para melhorarmos o nosso relacionamento com ele. Acreditamos é que o outro é que tenha que mudar para melhorar o nosso relacionamento.

É interessante observar que quem controla o relacionamento é a Vítima, com suas reclamações e insatisfações. O Responsável sempre tenta satisfazer as necessidades, vontades e caprichos da vítima, pois tem medo de frustrá-la, desapontá-la e magoá-la.

Nos nossos mais variados relacionamentos, em alguns podemos nos perceber atuando no drama de vítima, em outros no drama de responsável. Assim como, estes dramas as vezes se confundem num mesmo relacionamento.

 

Quando o Responsável se sente vítima da Vítima

Algumas vezes, estes papéis podem se confundir num mesmo relacionamento. O exemplo que se segue é muito comum e pode se encontrar em alguns de nossos relacionamentos mais próximos.

Uma pessoa que atua no drama de Vítima tende a se encontrar em situações bastante problemáticas e é muito comum ela não assumir responsabilidade e não se esforçar para superar estas dificuldades.

Aquele atua no drama de Responsável, num primeiro momento, tenderá a tentar resolver todos os problemas e dificuldades da Vítima. Num determinado ponto no desenvolvimento do relacionamento o Responsável perceberá que a Vítima, também tem de fazer a sua parte para que os problemas possam ser resolvidos. Neste momento o Responsável começará a estimular e até mesmo cobrar que a Vítima mude e assuma responsabilidade pelos seus problemas. Porém, a Vítima, presa no seu drama, não tem condições de perceber que ela necessita mudar determinadas atitudes e não se dispõe a fazer tais mudanças. Em consequência, com a intenção de ajudá-la, a Responsável tenderá a pressioná-la mais e a cada cobrança que ela faz induzindo a Vítima a fazer mudanças, a mesma se sentirá agredida. Muitos conflitos decorrem destes tipos de atitudes.

A pressão que a Responsável tende a fazer à Vítima esperando uma mudança de atitude dela, pode manifestar-se de diferentes modos, sejam através de cobranças que estimulem o sentimento de culpa na Vítima ou, até mesmo, de atitudes verbais ou fisicamente agressivas.

A Responsável pode, nestas condições, vivenciar um drama de vítima com relação à Vítima: “Eu faço tudo por você e você não muda ou faz nada para se ajudar”. Ou seja, ela acaba se sentindo vítima da Vítima, porém no fundo, o que ela não percebe é que ela é vítima do sentimento de responsabilidade que possui com relação à Vítima. Pois, a culpa que existe inconsciente dentro dela, a faz acreditar que ela só poderá ser feliz quando a Vítima estiver bem e sem problemas. E, assim, o relacionamento conflituoso poderá prosseguir até o fim desta existência e muitas vezes continuar em outras vidas.

Por exemplo, digamos que na atual encarnação você atuou como responsável e você, isto gera mágoa ou indignação, que mesmo inconscientes, poderão fazer com que na próxima encarnação você se expresse no drama de vítima com relação a ela. E desta maneira a novela nunca terá fim. e permitiu o desrespeito e desconsideração dela

Provavelmente, numa próxima encarnação tenderemos atuar no papel oposto e desta maneira nunca conseguiremos nos libertar deste relacionamento kármico. Por exemplo, numa próxima encarnação aquela que na encarnação atual vivenciou o drama de Responsável, que não conseguiu se libertar da culpa com relação à outra pessoa, se esforçou, se doou, se desrespeitou, se desvalorizou e permitiu o desrespeito e desconsideração daquela que está vivendo o dama de Vítima tentando fazer com que ela fosse feliz, e esta não fez muito esforço para fazer mudanças, nem reconheceu e nem valorizou todo o empenho ela fez, retornará numa próxima existência com uma revolta ou mágoa inconsciente e irá representar o Drama de Vítima e encontrará a que vivenciou o drama de Vítima nesta vida, porém desta vez, esta provavelmente está vivendo o drama do Responsável e com uma culpa inconsciente por não ter se empenhado muito para melhorar o relacionamento na encarnação anterior.

Assim funciona a Roda Kármica, porém manter esta realidade e toda a carga de sofrimentos que ela oferece é desnecessário. Hoje temos ferramentas quânticas que podem nos ajudar a nos libertar destes dramas que sempre nos proporcionam tanto conflitos, desgaste emocional, sofrimentos e limitações.

Dr. Jorge Antonio Salum

Psicoterapeuta Multidimensional, formador de terapeutas e facilitador de expansão da consciência

Doutor Honoris Causa em Terapias Integrativas. Diretor da Era Dourada – Expansão da Consciência – Psicoterapeuta Multidimensional com formações e peregrinações no Brasil, Estados Unidos, França, Índia, Nepal, Tibet, Turquia, Egito, Malta, Grécia, Emirados Árabes, Israel e Jordânia.

Há mais de 30 anos atende em sessões individuais e ministra cursos de formação na área terapêutica e workshops de desenvolvimento espiritual.

Em 1998, empreendeu a Era Dourada – Expansão da Consciência, uma das maiores escolas de formação de terapeutas do Brasil.

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