Quem foi o Dr. Bach?
Jorge Salum

Jorge Salum

29/12/2014

29/12/2014

quem foi o Dr Bach

Edward Bach

Para compreendermos o tratamento com os florais, precisamos, antes de tudo, conhecer um pouco sobre o Dr. Edward Bach. Ele foi uma pessoa admirável, porque pensava no homem como um todo, tinha a preocupação de ouvir e observar os seus pacientes.

Edward Bach nasceu em 24 de setembro de 1886, em Moseley, povoado perto de Birmingham, na Inglaterra. Era o filho caçula de uma família de origem galês. Seus pais eram originários do País de Gales, e Bach herdou deles o amor a natureza.

O pai possuía uma fundição de latão. Desde criança, Bach demonstrava ter muita ligação com a natureza, intuição e sensibilidade. Precocemente, decidiu seguir a carreira médica. Aos dezesseis anos, parou de estudar por três anos antes de passar a cursar Medicina, e ficou ajudando o pai na fundição. Lá, pôde compreender melhor o homem e a enfermidade que o afasta do trabalho. Aos vinte anos, ingressou na Faculdade de Medicina de Birmingham. Seu treinamento foi para ser cirurgião. Mas abandonou, pois interessava-se por formas mais sutis de tratamento. Bach especializou-se em bacteriologia, imunologia e saúde pública, em Cambridge.

Em 1913, teve de abandonar a chefia do setor de urgência de dois hospitais por problemas de saúde. Quando recuperado, iniciou o atendimento em consultório próprio, mas, apesar de ter muitos clientes, aquilo não o satisfazia, pois era a medicina ortodoxa.

Como bacteriologista, descobriu a relação de certas bactérias com doenças crônicas. Viu que as doenças melhoravam com a injeção de certas bactérias.

Na 1ª Guerra Mundial, Bach alistou-se, porém foi rejeitado, ficando responsável por quatrocentos leitos no University College Hospital. Lá, Bach pôde observar como pacientes, diante de enfermidades, tinham reações diferentes. Notou que o mesmo tratamento, aplicado a pessoas diferentes, nem sempre proporcionava os mesmos resultados. Que os medicamentos tinham eficácia diferente nos vários doentes, uma vez que o temperamento de cada um era diferente. Então, também o remédio deveria ser diferente. Bach interessou-se por outros métodos das medicinas ortodoxas. Ele não gostava de tratar do corpo, isso não lhe agradava; queria era tratar das pessoas dos indivíduos das personalidades.

Com o excesso de trabalho nesse período, apresentou um quadro hemorrágico, sendo operado com a remoção da parte afetada. Fui foi informado de que era câncer já com metástases e não lhe restaria mais de três meses de vida.

Bach permaneceu esses dias em repouso, não se entregando à doença pois não acreditava que fosse seu fim e sentia grande força em atingir o que desejava

– descobrir um método simples das pessoas se curarem. Ele tinha um objetivo na vida. Nem pensava na doença e alimentava sua mente com a energia deste trabalho. Em pouco tempo o câncer desapareceu e ele estava curado, deixando os médicos assustados com esse resultado.

Sentia-se com grande força e trabalhou incansavelmente até 1922 fazendo grandes descobertas e sendo cada vez mais conhecido. Ficou impressionado com a doutrina de Hahnemann, o pai da homeopatia, conhecendo seu livro O Organon da arte de curar. Viu que Hahnemann teve a mesma mentalidade que ele, a de curar através dos sintomas mentais.

Bach encantou-se com a homeopatia, de Hahnemann, para quem o paciente era o mais importante, o maior responsável pela própria cura. Começou a ver que os remédios homeopáticos eram prescritos com relação à personalidade do paciente. Bach va1orizava muito isso, sentindo que isso era necessário. A homeopatia não tratava sintomas, mas sim indivíduos.

Passou a associar seus princípios aos da homeopatia. Bach preparou grupo de vacinas de flora intestinal; a partir deles, preparou nosódios de acordo com os princípios da homeopatia e os oferecia aos pacientes. Passou a usar as vacinas por via oral e não mais parenteral, como fazia. Foi obtendo bons resultados e compreendendo melhor os mecanismos da cura.

Esses nosódios são usados até hoje. Cada nosódio era oferecido de acordo com os problemas emocionais do paciente. Uma descoberta importante para Bach, que tratava indivíduos e não enfermidades físicas somente. Ele foi notando que não havia necessidade de exames laboratoriais, de exames físicos dos pacientes, porque não era import6antye a doença física. O problema não tinha origem física. Era, na realidade, de origem emocional. Tudo começava no âmbito emocional. Percebeu que paciente sob o mesmo estado emocional necessitavam do mesmo remédio. Começou a receitar com base no temperamento do paciente, sendo bem-sucedido. Assim. ele tinha a convicção de que precisava tratar dos pacientes, não das doenças.

Seu laboratório em Londres foi se expandindo, mim como seu consultório. Em 1926, vários países, fora da Grã-Bretanha, já conheciam seus nosódios. Mas Bach iniciava uma grande descoberta – as flores. Passou a substituir os nosódios por plantas, diluindo e dinamizando pelo sistema homeopático duas flores que trouxe do País de Gales em 1928 – eram o Impatiens e o Mimulus, e depois o Clematis, com bons resultados. Nessa época já agrupava os pacientes de acordo com sua personalidade, acreditando na cura segundo o estado mental.

Em 1930, ainda não satisfeito com as descobertas, pois o método homeopático, para ele, não era tão simples como o que buscava, queimou os trabalhos já realizados e abandonou seus dois laboratórios e o famoso consultório. Acreditava estar próximo o seu estágio final de descoberta. Deixou sua fama na sociedade de Londres e foi para o País de Gales, passando a viver em plena natureza, caminhando em busca do sucesso de suas pesquisas..

Numa caminhada pela natureza, em 1930, notou que o sol agia nas gotas de orvalhos sobre as pétalas, extraindo das flores sua energia curativa. Logo esse orvalho era de poder curativo. Passou a coletar o orvalho antes que evaporasse das flores e a experimentar em si mesmo, descobrindo a força curativa delas.

Estava à procura da prova científica para as suas descobertas. Pelo seu próprio sofrimento no campo, descobriu aos poucos que, estando perto de determinada flor, acometido por sofrimentos, ia melhorando. A partir disso, ele ia descobrindo cada flor. Logo descobriu os métodos de preparo dos florais. Em seguida, escreveu Cure-se sozinho, publicado no final de 1930. Nessa época, organizava Os Doze Remédios Curadores. Cada vez mais, realizava curas com seus remédios, e cada vez mais o procuravam para obter cura.

Em 1931, descobriu entre eles, o Water Violet e o Gentian. Em 1932, o Rock Rose, completando os doze curadores. Logo escreveu Os Doze Grandes Remédios.

Sofreu, nessa época, grande pressão dos médicos em relação ao seu método terapêutico. Pregava que qualquer pessoa poderia fazer uso dos remédios. Com isso, quase perdeu o título de médico e ainda recebeu um processo ético.

Em 1933, encontrou os quatro auxiliares: Gorse, Oak, Heather e Rock Water. Bach andava com uma mistura de florais para urgências. Era o Rescue Remedy, que, no início, era composto só pelo Rock Rose, Clematis e Impatiens. Em 1933, deixou Cromer e foi morar em Marlow, onde ficou até 1934. Depois mudou-se para uma casa chamada Mount Vernon, em Sotwell. Nessa época publicou Os sete auxiliares.

Em 1935 descobriu o Cherry Plum, o primeiro dos dezenove restantes.

Nos seis meses seguintes, descobriria os demais, completando 38 remédios. O Rescue Remedy ficou composto também pelo Cherry Plum e pelo Star of Bethlehem.

Chegou a 38 flores, correspondentes a 38 estados mentais negativos de que pede sofrer um indivíduo. Na verdade, são 37 flores, porque uma delas é a água de rocha. E a de número 39 é um complexo de cinco flores para estados de transição, de estresse, de mudança.

O Rescue Remedy foi usado pela primeira vez pelo Dr. Bach para ajudar dois homens feridos num naufrágio no litoral de Cromer, na Inglaterra, numa tempestade. O resgate demorou, e um dos homens chegou à terra já inconsciente. Recobrou a consciência quando o Dr. Bach umedeceu seus lábios com o floral.

Bach reconheceu 38 condições geradoras de doenças na mente do ser vivo. Deu aos remédios os nomes das flores. A força curativa não está na planta e sim na flor.

Bach classificou essas flores, esses florais, em sete grupos: para o medo, para a incerteza e a indecisão, para a falta de interesse pelas circunstâncias atuais, para a solidão, para a suscetibilidade a ideias e a influências, para o desânimo e o desespero, para a preocupação excessiva com o bem-estar dos outros. Esses florais podem ser utilizados tanto para o homem quanto para o animal e para as plantas; todos podem melhorar com os florais. Afinal, todos podem sofrer, todos podem ser felizes, todos podem florescer e viver felizes.

Seu gasto energético com esse rápido trabalho foi grande, deixando-o enfraquecido. O esforço foi quase além de seus poderes. Tinha auxiliares leigos, o que provocou nova pressão do Conselho Médico em 1936. Seus auxiliares, como Nora Weeks, seriam responsáveis, mais tarde, pela continuidade de seu trabalho.

Escreveu logo Os doze remédios curadores e outros remédios. Bach realizava palestras com títulos como Somos a causa do nosso sofrimento, falando dos remédios. Talvez estivesse sentindo o fim próximo, desde que o seu objetivo na vida já havia sido atingido. E o homem vive enquanto tem seu objetivo, que o energiza. Quando termina sua tarefa, o corpo se desintegra. Estava difundindo o seu trabalho, suas idéias e suas descobertas.

Tendo realizado a descoberta deste sistema simples de cura, que já estava na natureza para equilibrar o estado mental das pessoas, ele pediu que prosseguissem seu trabalho. E, em 27 de novembro de 1936, Bach morreu durante o sono, em “Mount Vernon”. A casa passou a ser o Centro Bach, responsável pela realização e pela distribuição dos remédios florais.

 

Maria Madalena Marcondes Da Cruz

Dr. Jorge Antonio Salum

Psicoterapeuta Multidimensional, formador de terapeutas e facilitador de expansão da consciência

Doutor Honoris Causa em Terapias Integrativas. Diretor da Era Dourada – Expansão da Consciência – Psicoterapeuta Multidimensional com formações e peregrinações no Brasil, Estados Unidos, França, Índia, Nepal, Tibet, Turquia, Egito, Malta, Grécia, Emirados Árabes, Israel e Jordânia.

Há mais de 30 anos atende em sessões individuais e ministra cursos de formação na área terapêutica e workshops de desenvolvimento espiritual.

Em 1998, empreendeu a Era Dourada – Expansão da Consciência, uma das maiores escolas de formação de terapeutas do Brasil.

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